A pobre imprensa
nacional não noticia essas coisas. A informação é do Jornal de Negócios, de Portugal.
A economia brasileira vai contrair mais do que era esperado este ano,
preparando-se para mergulhar na mais profunda recessão desde, pelo menos, 1901,
antecipam os analistas consultados pela Bloomberg.
Isto porque, segundo os analistas, a maior economia da América Latina
deverá ter contraído 3,71% no ano passado, e deverá afundar quase 3% em 2016. O
Brasil nunca atravessou uma recessão tão profunda como aquela que se prevê para
o conjunto destes dois anos, segundo os dados do instituto nacional de pesquisa
económica IPEA, que recuam a 1901.
De acordo com a estimativa semanal do banco central brasileiro – que
reúne as projecções de cerca de 100 economistas – o PIB deverá contrair 2,95%
este ano. Este valor foi revisto em alta pela 13.ª semana consecutiva, e
compara com a anterior projecção de 2,81%.
Os responsáveis políticos do Brasil debatem-se para controlar a mais
alta inflação em 12 anos, sem penalizar ainda mais a já débil economia.
O director de política económica do banco central, Altamir Lopes,
garantiu, a 23 de Dezembro, que a instituição vai adoptar as políticas
necessárias para que a inflação atinja a meta de 4,5% em 2017. Menos de uma
semana depois, Rui Falcão, presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), disse
que o Brasil deve considerar aumentar a sua meta de inflação para evitar custos
de financiamento mais elevados.
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