Passeando pelo calçadão vi o quiosque com suas mesas na calçada. Vi
várias pessoas conversando. Reparei uma mesa grande próxima a entrada do Bar do
Calçadão e sentado num banco percebi um menino nesta mesa maior com umas seis
pessoas da família. Alguma coisa ,naquele garoto de no máximo 13 anos, me
chamou a atenção. Neste ínterim apareceram onde eu estava sentado alguns amigos e trocamos
algumas palavras.
Ele foram e eu continuei olhando o menino. E sempre o
encontrava do mesmo jeito: o menino com o rosto colado em um aparelhinho, cuja
tela , iluminada e colorida, o hipnotizava. Todo tempo que estive ali, não o vi
comer nem beber nada. Todos em volta batiam papo tomavam cervejas ou
refrigerantes. O menino nada comia somente ficava se entretendo com o
aparelhinho. Era um aparelho celular, smartphone, pelo que pude deduzir, mas
ele não o usava para falar, nem mesmo para passar ou receber mensagens. Usava
para se deixar mergulhar em uma sucessão de imagens coloridas, imagens
que explodiam na tela e logo eram substituídas por outras e outras e outras, interminavelmente.
Que mundo será esse que se forma agora, quando meninos como
aqueles forem homens e estiverem à frente das decisões. Não podemos saber
aonde essa revolução tecnológica vai nos levar . Só podemos saber que
esse futuro, esse lugar novo e admirável é muito, muito longe daqui!
Hoje não só os meninos mas todos de todas idades são reféns da internet... Aonde vão carregam a firmes em suas mãos o celular... comece a reparar... vê-se em sofá pais , filhos, tios, sobrinhos e avós,ligados na internet e matando o diálogo. Não se falam nada...apenas se distraindo com as atrações da internet. Ninguém nada comunica apenas seguem os ditames dos meios sociais e se tornam , sem dúvida, em reféns da internet!
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