Paro e penso: no fundo da alma existe uma verdade tão sublime, tão excelsa, plenificada de possibilidades edificantes para um mundo perdido - que flerta com a perdição mas anseia pela salvação. É aí que reside o poder do conceito, do sentimento.
O mundo está focado no supérfluo. Preso numa forma mental. Não posso afirmar que senti plenamente a sensação de libertação íntima completa. Mas sinto que já vivenciei momentos supremos, de superação. Momentos mágicos, com profusão de sentimentos ordenados rumo a uma fé num destino glorioso. Um destino que poderia ser sofrido, mas apontando para supremas ascensões biológicas, psíquicas e espirituais. Esses foram os momentos mais gloriosos de minha vida.
Aqueles momentos inigualáveis., tornando meu agir mais lento, porém muito mais preciso. Assim se inicia a construção do Eu Superior. Começa a Libertação de todas limitações desse universo de espaço-tempo. Há uma ascensão, sim. Que se dá ao longo dos ciclos. Ela é sutil, e por isso imperceptível. Mas para quem observa mais à fundo, torna-se evidente a lei mais profunda que rege o transformismo da matéria, da forma dinâmica, da vida, do psiquismo, das coletividades, da alma...de tudo. É uma espiral. Esse ciclo ascensional tem uma característica a mais: ele é oscilatório. Avançamos radialmente, mas, ao mesmo tempo, recuamos. No entanto, a ascensão é sempre maior do que a queda, por um pequeno fator. Um delta. É nesse delta que reside o ganho. A esperança. A salvação. As possibilidades. A liberdade. O segredo da felicidade efetiva - que ainda não foi atingida.
O objetivo da vida é evoluir - não ser feliz.
A felicidade que não desvanece é aquela que reside no ápice da jornada evolutiva.
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