sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

A SÁBIA JULIEN BENDA ABORDA A TESE: "A TRAIÇÃO DOS INTELECTUAIS!"

 

Fui presenteado com 40 livros que para mim significam um tesouro valioso. Tenho uma pequena biblioteca, que sempre cresce, pois guardo com carinho tudo que cai nas minhas mãos. Leio todos os dias .  Afastei-me da TV, não concordo e estou me livrando, dos canais e jornais sensacionalistas e espalhadores de medo. Alguém pode estar pagando para que os intelectuais de Londrina pensem o que eles acham que convém e o que se percebe é uma loucura para falar mal do presidente. Considero os livros como meus grandes amigos que sempre estão ao meu lado. Não troco a leitura de um livro por nada no meu dia a dia. 


Os homens cuja função é defender os valores eternos e desinteressados, como a justiça e a razão, a quem denomino intelectuais, traíram essa função em proveito de interesses práticos. Nosso século terá sido propriamente o século da organização intelectual dos ódios políticos. Este será um de seus grandes títulos na história moral da humanidade. As advertências de Benda podiam, em 1927, ser tidas como pouco fundadas. Mas hoje elas nos parecem verdadeiramente proféticas. Julien Benda rejeitou todas as modas filosóficas de sua época e criticou a adesão dos intelectuais às paixões políticas (fossem elas de raça, de partido, de classe ou de nação), chamando esses intelectuais de traidores de suas verdadeiras funções. A traição dos intelectuais, que permanecerá um clássico, precisava ser publicado em um país que, há bastante tempo, só conhece um tipo de intelectual: o defensor dos interesses práticos de uma coletividade, adepto dos modismos e das paixões políticas, sem qualquer compromisso com os valores superiores da verdade, da razão ou da justiça.


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