Quando o campo da Física Nuclear foi iniciado por Rutherford no começo do século XX, ficou evidente já de início que as trocas energéticas nos processos nucleares eram cerca de 10 milhões de vezes mais altas do que aquelas vistas nas reações químicas. A energia de ligação dos prótons e nêutrons no núcleo atômico é da ordem de 106 elétrons-volts (MeV), enquanto uma típica ligação envolvida em reações químicas é de cerca de apenas 1 eV. Usando os experimentos de Rutheford com os produtos de equivalência entre massa e energia trazidos com as teorias de Albert Einstein - como demonstrado pela mais do que famosa equação E = mc2 (onde E é energia, c é a velocidade da luz e m é a massa de um corpo qualquer) - ficou evidente de que as liberações energéticas em reações nucleares eram cerca de 10 milhões de vezes maiores do que em reações químicas.
Infelizmente, o primeiro uso desse novo conhecimento foi para a construção de métodos para gerar o maior número possível de mortes humanas no menor intervalo de tempo possível. As armas nucleares foram desenvolvidas no final da Segunda Guerra Mundial, sendo primeiro produzidas e detonadas com sucesso pelos EUA. As duas bombas lançadas pelo exército norte-americano no Japão, Fatman e Little Boy, causaram a morte de dezenas de milhares de pessoas em Nagasaki e Hiroshima, respectivamente. Essas bombas eram baseadas em fissão nuclear, a qual consiste na liberação de uma enorme quantidade de energia devido à quebra do núcleo atômico de urânio ou plutônio. As bombas de hidrogênio, mais recentes, combinam a fissão nuclear com a fusão nuclear, resultando em um bolo energético de explosão muito maior do que as tradicionais.
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