quarta-feira, 5 de junho de 2024

A NOSSA SOCIEDADE É COMPOSTA POR GÍRIAS!

 


Gírias

Por: Yasmin Garcia em  

Não é de hoje que a nossa sociedade é composta por gírias. Mas, afinal, o que são as gírias? Gíria é uma linguagem que um grupo de pessoas, de uma região ou até mesmo de um local pequeno, utilizam para se comunicar mais facilmente e tornar esse grupo, essas pessoas, diferentes das outras.

Quem não conhece as gírias na boa, na moral, de boa? Na boa é uma forma de falar o que pensa sem querer magoar a outra pessoa, tipo: "como essa roupa é feia, na boa". Quem não conhece "a fila anda"? Que significa que após o término de um relacionamento, a vida continua.

Nos anos 60, falavam muito "uma brasa, mora", que seria uma coisa boa, ótima. Nessa época, também surgiram cafona (feio) e carango (carro).

Nos anos 70, começou-se a utilizar bicho (amigo) e careta (pessoa conservadora).

A expressão "pega leve", que significa, devagar, ficar calmo, surgiu nos anos 80.

Já nos anos 90, surgiram as gírias antenado (saber de algo, estar sempre informado) e pagar mico (vexame, vergonha).

Em São Paulo, as mais utilizadas são: abraça, que significa desistir, abrir mão de algo. Mano e mina, que significam, respectivamente: irmão, amigo, camarada e garota, menina. Tá embaçado: situação complicada. Colar lá: aparecer em determinado local.

No Rio Grande do Sul, quem não conhece guri e guria, que significam menino e menina? Espichar a canela significa morrer. Charlar: conversar. Xerenga: faca antiga. Naco: fatia, porção, pedaço.

Aqui no Rio, é bem comum utilizarmos noitada ou night, que significa curtir a noite, sair. Pistoleira: má índole. "Ih, ó o cara!" é uma interjeição, que significa: "olha só, viu o que ele tá fazendo?". Ficou pequeno pra ele: ser mal falado.  Larica: sentir fome.

Em Minas Gerais, "arrega pra lá" significa "chega pra lá, dá licença!". Bololô: agitação. Patola: preguiçoso.

No Paraná, são comuns: bochuda (grávida), ciar (ter ciúmes)...

No Maranhão, utilizam muito: caçar barulho (procurar confusão), ser o bicho cacau (melhor que todos), bater o cachimbo (morrer), dar o doce (casar), querer ser 31 de fevereiro (aparentar o que não é).

Em Pernambuco e na Paraíba, pernilongo é muriçoca. Briga pequena é arengá. Mulher feia é catráia, catreváz, cururu. Pessoa loira é galega. Pessoa que não presta é alma sebosa. Apertar é arrocha.
Fora do Brasil, em Portugal, é comum: puto (novinho, criança, mas o feminino disso é o mesmo significado que o Brasil! hahaha), fixe/giro (bacana, legal, bom, bonito), do pioril (péssimo, ruim), seca (tédio), brutal (incrível, fantástico), betinho/betinha (mauricinho e patricinha, que usa roupas de marca) e bué (muito).

Também tem aquelas gírias usadas em qualquer lugar do Brasil, que todos conhecemos: noob (inexperiente), chato de galocha (pessoa chata), fichinha (muito fácil), grilado (preocupado), pode crer (acredite), amigo da onça (traidor), pega pra capar (briga), sebo nas canelas (rapidez), pangaré (se acha inteligente, mas não é), baranga (mulher feia), coroa (pessoa idosa), corno (pessoa traída), abrir o jogo (contar a verdade), arrancar os cabelos (desespero), baixar a bola (mesmo que pega leve: ficar calmo), catinga (fedor), cabeça-dura (pessoa teimosa), pé na cova (próximo da morte), dar o troco (fazer vingança), pagando pau (interessado em alguém), trampo (trabalho), filé (garota bonita), entre outros...

Nenhum comentário:

Postar um comentário