Artigo para o blog Comunicando para Refletir!
Menos carboidrato ou menos gordura? Açúcar ou adoçante? A alimentação saudável está rodeada de dúvidas clássicas sobre elementos que podem ou não fazer bem à saúde. Separamos alguns dos mais famosos:
O que é mais saudável no café: açúcar ou adoçante artificial?
Vencedor: açúcar. Isso, opte pelo que é real. Não porque os adoçantes não sejam seguros, mas a premissa de que deveríamos comer “comida de verdade” e com moderação é convincente. O organismo sabe lidar com o açúcar (ou seja, ele é queimado para produzir energia e, se ingerido em excesso, o resto é armazenado como gordura). Novas pesquisas com animais, porém, indicam que o hábito de usar o adoçante artificial pode interferir no metabolismo e na regulação da glicemia e, talvez, até contribuir para o aumento de peso e para a intolerância à glicose. (Uma exceção possível: os diabéticos, que têm de controlar a glicemia coma tenção, devem conversar com o médico sobre a opção mais saudável para eles.)
No entanto, mais importante do que adoçar o café é a ingestão total de açúcar ou adoçantes.
A Organização Mundial da Saúde diz que os adultos deveriam limitar a ingestão de açúcar a cerca de seis colheres (chá) por dia. Embora o limite para adoçantes recomendado pela FDA varie, seria bom não usar mais do que dois pacotinhos por dia.
O que permite um exercício melhor: esteira ou transport?
Vencedor: esteira. É possível aumentar o ritmo cardíaco e queimar calorias em qualquer equipamento cardiorrespiratório, mas toda vez que seu pé pisa na esteira você também tem o bônus de aumentar a força dos ossos. Os exercícios em que se suporta peso – como andar, correr, pular corda e treinar com pesos – ajudam a preservar a densidade óssea.
Além disso, a maioria das pessoas prefere a esteira ao transport, segundo estudo publicado na revista Perceptual and Motor Skills, o que ajuda a se manter no programa de exercícios. (Artríticos e obesos podem achar o baixo impacto do transport mais confortável para suas articulações.)
Que dieta é mais eficaz para emagrecer: com pouca gordura ou com pouco carboidrato?
Vencedor: pouco carboidrato. Há décadas os pesquisadores batem boca sobre esse dilema das dietas, mas em 2015 um estudo randomizado financiado pelos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA fez a balança pender a favor das dietas com pouco carboidrato.
No fim de 12 meses, quem comeu pouco carboidrato emagreceu mais do que quem ingeriu pouca gordura (cerca de 3,5 kg a mais). Mas dieta com pouco carboidrato não significa dieta sem carboidrato.
Por exemplo, na dieta de pouco carboidrato do estudo, cerca de 30% das calorias ingeridas eram carboidratos, uns 110 gramas por dia numa dieta de 1.500 calorias. Isso corresponde mais ou menos a 1 xícara (chá) de aveia com 1/2 xícara de amoras e 1 colher (chá) de açúcar mascavo, 1 maçã pequena, 1 xícara de iogurte grego com baixo teor de gordura com 1/2 xícara de flocos de milho ricos em fibras e 1 fatia de pão de trigo integral, além de muitos legumes, verduras e proteínas. Muito espaço de manobra para os amantes de macarrão.
O que é mais saudável para os pés: salto anabela ou sapatilhas sem salto?
Vencedor: salto anabela. Ambos permitem uma distribuição homogênea do peso do corpo, porque há amplo contato entre a sola do sapato e o chão (ao contrário do salto agulha). Mas o apoio maior do anabela pode deixá-lo no alto da lista, diz a Dra. Michele Summers Colon, podiatra e projetista de calçados de El Monte, na Califórnia.
“As sapatilhas são o pior calçado”, diz ela. “Não há apoio para o meio do pé, e o tornozelo tende a girar para dentro, provocando dores nesse local, nas panturrilhas e até nos joelhos.”
O que é melhor quando se está cansado: exercício ou um hora a mais de sono?
Vencedor: exercício. tanto o sono quanto o exercício são essenciais para a saúde, mas dormir uma hora a mais depois de uma noite inteira de sono não é tão benéfico quanto uma sessão matutina de suor.
Estudos constataram que uma única sessão de exercício pode reduzir os sintomas de depressão e baixar a pressão arterial durante horas. Além disso, os exercícios podem ser energizantes. Uma revisão de estudos feita em 2006 por cientistas da Universidade da Geórgia constatou um vínculo forte entre a atividade física e a redução da fadiga. Experiências feitas pelos mesmos pesquisadores em 2008 e 2010 confirmaram: em vez de causar cansaço, exercitar-se amenta a energia.
O que é preferível para a boa digestão: iogurte ou um suplemento de probióticos?
Vencedor: iogurte e outros alimentos fermentados. “A comida é sempre a melhor fonte de nutrientes”, afirma o Dr. Gerard Mullin, diretor do Serviço de Nutrição Integrativa Gastrointestinal da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore. O efeito sinergético de todos os componentes dos alimentos integrais não pode ser reproduzido em suplementos.
Quando comprar alimentos que contenham probióticos, como missô, quefir e iogurte, procure no rótulo culturas vivas e ativas. Se não suporta o sabor dos alimentos com probióticos, peça ao médico que recomende um suplemento de boa qualidade, sugere o Dr. Mullin.
O que é melhor para combater os germes: sabão ou desinfetante para as mãos?
Vencedor: sabão. Embora o sabão não mate micróbios como o álcool de alguns desinfetantes, lavar com água e sabão deixa as mãos mais limpas, de acordo com os especialistas em doenças infecciosas dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos. Vários estudos constataram que a combinação de água corrente, espuma de sabão e vinte segundos de fricção das mãos remove o maior número de certos vírus e bactérias causadores de doenças. Não é preciso utilizar água quente; o aumento da temperatura não ajuda a tirar mais germes e ainda pode deixar as mãos mais ressecadas. Caso não seja possível usar água e sabão, um desinfetante para mãos com pelo menos 60% de álcool é uma segunda opção decente, segundo os Centros de Controle de Doenças.
Que escova de dentes funciona melhor: elétrica ou manual?
Vencedora: elétrica. Os estudos oscilaram, mas, finalmente, uma revisão de 56 estudos confirmou, em 2014, que as escovas elétricas removem de 11% a 21% mais placas do que as manuais e são melhores para reduzir outros sintomas de doença das gengivas. Outra característica útil de muitas escovas elétricas é o cronômetro.
“É comum os pacientes não perceberem que passam pouco tempo limpando os dentes”, diz o Dr. Ricardo Vidal Gonzalez, dentista da Clínica Mayo. “A maioria dos dentistas concorda que a escovação correta leva pelo menos dois minutos e recomenda isso aos pacientes, mas muita gente escova em menos de um minuto.”
Embora a maioria das pessoas saudáveis consiga manter a boca em bom estado usando uma escova de dentes comum duas vezes por dia, ele explica que, para quem sofre de doença periodontal ou tem problemas como a artrite, que dificultam a escovação regular, provavelmente a escova elétrica será melhor.
Por Sunny Sea Gold